segunda-feira, 27 de maio de 2013

Gente,

você que é aluno, professor e/ou funcionário da UFOP, ou que é de Ouro Preto, ou está passando por aqui, este é o Blog dos Jogos Teatrais do Departamento de Artes Cênicas da UFOP.

Gostaríamos da colaboração de quem for participar da "Hora do Jogo" de junho, dia 07/06, sexta-feira, das 14h às 16h30min, comente esta postagem, deixando seu nome e e-mail, para posteriores contatos acerca dessa atividade.

"Hora do Jogo" surgiu a partir da vontade de jogar de dois professores do DEART, o Davi e o Ernesto. Não tem outra pretensão, a não ser o gosto pelo jogo teatral.

Isso não quer dizer que vamos jogar somente teatro: podemos jogar xadrez, dama, peteca, enfim, outros tipos de jogo, ok?

Tudo vai depender de quem vier, e da vontade de jogo dos participantes, portanto, compareçam!!!

Chegando no DEART, Campus Morro do Cruzeiro, procurem a secretaria do Departamento e se informem sobre a sala onde vai acontecer a "Hora do Jogo" de junho.


Aguardamos vocês!


Davi e Ernesto (DEART)

sexta-feira, 24 de maio de 2013


ATENÇÃO!!!

ALUNOS, PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS
DA UFOP,

E QUEM MAIS VIER:

DIA 07/05/2013, SEXTA, ÀS 14H, TEM

HORA DO JOGO

UM ESPAÇO E UM TEMPO
PARA O JOGO E O IMPROVISO

VENHA JOGAR CONOSCO!!!

REQUISITOS:

VONTADE DE JOGAR
E PROPOSTAS DE JOGO

DAS 14H ÀS 16H30MIN,
NO DEPARTAMENTO DE ARTES CÊNICAS,
CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO

PROF. DAVI E PROF. ERNESTO (DEART)

ATENÇÃO!!!

ALUNOS, PROFESSORES, FUNCIONÁRIOS
DA UFOP,

E QUEM MAIS VIER:

HORA DO JOGO

UM ESPAÇO E UM TEMPO
PARA O JOGO E O IMPROVISO

VENHA JOGAR CONOSCO!!!

REQUISITOS:

VONTADE DE JOGAR
E PROPOSTAS DE JOGO

TODA 1ª SEXTA-FEIRA DO MÊS,
DAS 14H ÀS 16H30MIN,
NO DEPARTAMENTO DE ARTES CÊNICAS,
CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO

PROF. DAVI E PROF. ERNESTO (DEART)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Prezados alunos e alunas de Jogos Teatrais I - 2013-1,

aqui é o Davi, professor de vocês: sejam bem vindos à UFOP, ao DEART, e, é claro, aos jogos teatrais!

Espero que tenhamos um bom semestre, aprendendo e ensinando muita coisa boa!

Vamos usar esse blog como ferrramenta de reflexão e troca de ideias, ok?

Att
Davi - DEART

sábado, 10 de novembro de 2012

Prezados alunos de Jogos Teatrais I em 2012-1,

depois de fazer a última postagem, verifiquei que o que postei foram as sugestões para Jogos Teatrais II, portanto, agora seguem as tentativas de conceituar "escuta cênica".

Sugiro que leiam todas, pois vão constituindo um mosaico bastante interessante acerca do conceito.

Att
Prof. Davi de Oliveira Pinto (DEART/IFAC/UFOP)


ESCUTA CÊNICA

1.    Para um jogo, e principalmente para atuação é necessário que o ator tenha escuta cênica, ou seja, estar atento a tudo que está ocorrendo ao seu redor, seja pela audição, pelo olhar, pelo toque, para que ele esteja pronto para o que for proposto;
2.    A escuta é um meio de receber o mundo, de deixar que ele penetre no corpo, mente, espírito, é a possibilidade de tocar no outro e de tocar em si mesmo. Atualmente somos afetados pela presença da sonoridade do ambiente, das forças que ecoam a nossa volta, reagimos instintivamente às vozes e textos, ruídos, sons e canções. Porém é este ouvir receptivo que vai nos dizer o que procurar; o que encontrar; e qual é o caminho a seguir. "Minha primeira relação com a palavra não é de produ­zi-la, mas de recebê-la (...). Esta prioridade da escuta es­tabelece a relação fundamental da palavra com a abertura ao mundo e ao outro (...)”. (RICOEUR, 1977, p. 36). O ouvir vem antes do falar. Ouvir é contato e é enriquecimento de vida. É a abertura ao novo e ao desconhecido. Quando eu escuto, eu e me “esvazio” e me abro para o novo, para o “encher-me” de novos conhecimentos, novas possibilidades e assim eu aprendo. O ator é essencialmente um observador do mundo, ele observa a vida para recriá-la. A prática de ver e de ouvir está intrinsecamente ligada à capacidade de observação. O ator deve ter um olhar e uma escuta atentos aos acontecimentos à sua volta. O ato de observar abrange a necessidade de olhar para si mesmo, o reconhecimento de suas próprias ações e o entendimento do funcionamento de seus próprios sentimentos;
3.    É a capacidade de se perceber e perceber o outro no espaço em práticas teatrais, seja pelo olhar, pelo gesto, por palavras e contribuindo de forma significativa para a clareza e o bom entendimento do espectador e dos próprios colegas de grupo. Em resumo, é a sensibilidade na percepção do todo, para atingir um objetivo desejado na improvisação, peça etc.;
4.    A escuta cênica se desenvolve durante vários momento dos Jogos e também da matéria. No decorrer do semestre, trabalhamos com vários temas, talvez eles teriam sido melhor desenvolvidos se nós já percebêssemos a escuta cênica. A escuta não foi só focada nos ouvidos, mas também ao corpo, espaço e raciocínio. Portanto, não há jogo sem escuta, pois se um não ouvir, os dois ficarão estagnados;
5.    As escuta cênica não está restrita ao ouvir próprio do órgão sensorial da audição. Mais do que isso, escutar cenicamente deve significar, também, perceber de outras formas, utilizar todos os sentidos e estar concentrado nestes estímulos que concatenarão as ações reverberadas no corpo e na mente. Percepcionar o outro é engendrar atitudes e pensamentos, finalisticamente orientados para promover a articulação coerente de uma cena, a fim de se estabelecer consciência de ritmo, do movimento, do momento certo de agir e de falar, entre outros atributos, inclusive da improvisação teatral, que construirão a cena, o jogo, a atividade estruturada. Escutar cenicamente, mais do que ouvir, é sentir, jogar, interagir, aceitar o pronunciamento/proposta do outro e também propor;
6.    A escuta cênica é uma percepção não apenas auditiva, mas de várias outras formas, no âmbito cênico. De forma que a escuta pode acontecer de diversas maneiras neste campo cênico, podendo-se escutar com os olhos, com o tato, ou até uma escuta auditiva, mas com uma maior atenção do que está sendo escutado. A escuta também envolve a percepção do momento de fala e do momento de escuta, sem a escuta não tem fala, e sem a fala não há diálogo. Por isso a escuta é essencial tanto em cena, quando também na vida cotidiana, quando precisamos saber ouvir;
7.    Pela definição do dicionário, escutar é prestar atenção para ouvir alguma coisa. Nesse sentido, a escuta cênica está relacionada a ouvir o outro, não no sentido da palavra em si, mas mostrando que estamos atentos à sua ação e seu discurso, assim podendo reagir aos mesmos. Essa escuta só será completa se estivermos receptivos ao outro, tendo um bom entrosamento. Enfim, a escuta cênica pode ser definida como mecanismo principal para o desenvolvimento do jogo teatral.
8.    A escuta cênica é o olhar, o ouvido, a percepção espacial daquele que está dentro de um jogo cênico ou dentro de uma cena. É perceber o outro que dialoga com você, dar tempo ao outro e aceitar e saber jogar com aquilo que lhe foi proposto. Tentar aprender a hora de começar e a hora de parar;
9.    Entendo por escuta cênica o ato de estar atento a tudo no momento da ação. Ter uma boa escuta é saber jogar com o outro, dando oportunidade para ambos jogarem, sem ficar centrado em sua própria criação. Se não tivermos essa escuta acabamos por não entendermos o que acontece no momento do jogo [...] pois estamos sem nenhuma consciência de espaço, tempo e comunhão com os parceiros de cena;
10. Acredito que a escuta cênica [seja] a atenção, concentração e exploração dos sentidos dos jogadores. De um modo racional e atento, mas simultaneamente subjetivo. A escuta é o cerne do jogo, sendo o núcleo, o coração que mantém o jogo vivo e pulsando. É o meio de campo que articula e estabelece o desenvolvimento do jogo. Sem a escuta o jogo não se completa;
11. É fundamental a escuta cênica no jogo teatral, acontece quando se percebe que o grupo tem a necessidade de todos equipararem a ação de cada um, tentar não existir um líder e sim todos estarem atuando. A escuta cênica é um dos exercícios mais complexos e sensibilizadores. É como você dar espaço ao vazio em uma cena, ouvindo o externo e o interno ao mesmo tempo, e deixando estabelecer a comunicação fluida, ou a entrada de uma outra situação na cena;
12. Primeiramente, para haver escuta cênica, é necessário que haja um diálogo cênico, onde, dentro da cena, os atores possam estar numa constante troca de ideias que podem ser inseridas a qualquer momento na cena. A escuta cênica é a escuta do que a cena, junto com os atores, está nos propondo mudar, modificar ou até mesmo continuar;
13. A escuta cênica desenvolve-se a partir do aguçamento de todos os sentidos, de forma que a junção destes nos dá uma sensibilidade enorme, abrindo nossa percepção para tudo que nos cerca;
14. Escuta cênica é o olhar, a escuta, a percepção do espaço, da cena, da espera, ou seja, saber ouvir o interno e o externo. É perceber o outro e o grupo, é aguardar o seu momento e respeitar o tempo do outro, ou seja, escuta cênica é um diálogo a todo momento;
15. Acho a escuta cênica muito delicada, porque é muito fácil confundi-la com outras escutas. É necessário muita concentração para que ela aconteça. E é indispensável a generosidade com o colega, ter a percepção do que o colega está sentindo ou tentando indicar ou o que a cena está pedindo. Em nossas aulas, ocorreu uma grande evolução entre o início do curso até agora, é nítido que as pessoas estão mais precisas nas execuções das escutas cênicas e isso também reflete nas aulas que foram dadas pelos alunos;
16. Entendo hoje como sendo escuta cênica uma forma de linguagem nem sempre verbalizada e que se dá de várias formas. A escuta pode ser a proposição de uma ideia por parte de um indivíduo dentro da cena ou o desenvolvimento dessa por outrem; pode ser a compreensão de um objeto ou um cenário fisicalizado, ou o completar de uma ação já proposta por alguém em cena. A escuta auxilia e dinamiza o trabalho do indivíduo em cena, facilita a interação e o trabalho com os outros presentes em cena;
17. “Saber ouvir é cultivar a difícil arte da empatia, que é a habilidade de se colar no lugar do outro”. Na escuta cênica, como na vida, quando não se ouve o outro, podemos [...] perder a chance de dar um final surpreendente ao jogo ou a uma cena. Um erro grave é se preparar demais para fazer uma cena, pois se pode acabar não abrindo espaço par o outro mostrar a sua arte. Saber ouvir é o segredo para uma boa negociação. Escuta cênica é fechar a boca enquanto o ouro fala e abrir os ouvidos, não adivinhar o que o outro quer dizer e nem os sentimentos do outro;
18. Quando trabalhamos em grupo, percebemos que o tempo de cada um é diferente. Com isso, buscamos a escuta, para que todos entrem em uma harmonia. Na escuta cênica, temos a necessidade de ouvir, ver e sentir o outro, saber a hora de sair para que o outro entre e assim por diante. Dependemos de uma estrutura que, se não for respeitada, pode prejudicar a todos. Procuramos sempre esperar a nossa vez, lembrando que nossa “deixa” é muito importante para o outro, para que isso aconteça, devemos estar conectados com todo o grupo;
19. É a escuta estabelecida pelos atores durante alguma cena ou exercício cênico. Essa escuta cênica procura mostrar ao ator o entendimento da cena, a percepção individual, do coletivo e do próximo. Pode-se dizer que a escuta cênica é o que “rege” uma cena;
20. A escuta cênica é um ofício para ocorrer o jogo teatral, ela busca a escuta interna e às vezes externa do grupo que está em cena, trabalha com a percepção do ator, com a escuta e o desenvolvimento da cena em um todo. É uma existência da cumplicidade dos jogadores para que ocorra uma melhor cena possível, e diante disso é necessário este cuidado com o outro;
21. É saber entender a importância de escutar; de prestar atenção e entender o que passa no ato da cena, na ação apresentada. A escuta requer treinamento; esta faz com que demos os significados às coisas; esta, além de apenas ouvir, [...] pode ser silenciosa, através do gesto e também da atuação. A escuta cênica é um dos fatores principais para que tudo corra bem na atuação, pois esta dá direção para que o ator atue com segurança; conseguindo se comunicar;
22. A escuta cênica é um elemento fundamental para o acontecimento da cena. Os parceiros de jogo devem ter uma percepção individual, coletiva e da cena como um todo. O andamento da cena, a consciência das regras, estímulos do jogo, a percepção das propostas dos companheiros de cena são aspectos que tangem o conceito de escuta cênica;
23. É a escuta que o ator deve ter no jogo teatral, ela envolve todas as técnicas usadas para se fazer um bom jogo; fisicalização, olhar, concentração, enfim, é um trabalho conjunto de observações dentro e foram de cena. É um processo da escuta do corpo para dentro da cena e da vida;
24. Escuta cênica é a percepção do ator ao que acontece no palco, ao que seu colega de trabalho propôs e aceitar a proposta dela, reagira automaticamente. A escuta não necessariamente precisa ser auditiva, mas todos os sentidos estão voltados para essa percepção;
25. A escuta cênicas pode ser compreendida através da percepção do próximo em cena. Os jogadores, ao realizarem suas atividades, deverão se perceber para que haja uma escuta interna e externa. A escuta interna é volta entre os jogadores em cena. Já a escuta externa ocorrem em determinados jogos, onde o coordenador propõe um cmando ou som para que os jogadores que estão encenando possam “ouvir” a proposta e consequentemente continuar o jogo;
26. É a comunicação interna entre os atores que executam uma cena, peça ou até em um jogo teatral. é esta comunicação que permite o desenvolvimento entre os atores para que melhor possa fluir a respectiva cena a ser desenvolvida;
27. (do nosso querido e saudoso Daniel Macário) Escuta cênica é uma forma de compreender melhor o que acontece ao seu redor durante o jogo proposto. É também entender o outro, ser generoso, ter os ouvidos atentos, tanto para a escuta interna quanto para a escuta externa. Jogos de escuta propõem também a percepção individual de cada jogador, ou seja, o que acontece no interior de cada um? Como eu posso colaborar para que meu entendimento de jogo passa alcançar os meus companheiros de trabalho? A partir dessas perguntas, começamos a querer entendê-los, para que o jogo de escuta tenha um bom resultado. “Ouvir” colabora e muito para uma boa ação cênica.
Prezados alunos de Jogos Teatrais I em 2012-1,

agora, as tentativas que vocês fizeram, de conceituação de "escuta cênica", esse conteúdo tão importante para os jogos teatrais.

Att
Prof. Davi de Oliveira Pinto


SUGESTÕES PARA A DISCIPLINA JOGOS TEATRAIS II

1.    As aulas de jogos teatrais I foram de grande compreendimento. foi tudo muito proveitoso. Uma única sugestão para jogos teatrais II, seria um aprofundamento na teoria, nos textos para uma melhor discussão e entendimento do tema;
2.    O que deixo como sugestão para Jogos Teatrais II é a continuidade do trabalho com a escuta, com a percepção e o olhar, pois no Jogos Teatrais I começamos um caminho, que deve ser aprofundado na disciplina Jogos II. Demais sugestões teóricas deixo para meus amigos das Artes Cênicas, pois não possuo bagagem para opinar sobre isso;
3.    Antes quero deixar meus imensos agradecimentos e dizer que essa disciplina é a mais espetacular que existe, a minha sugestão é arrumar uma forma de sanar as críticas desnecessárias aos grupos diante dos erros, porque o erro também é uma forma de se aprender em conjunto. No mais, não mude nada, sou muito grato ao que aprendi e mais feliz ainda por poder ensinar;
4.    Gostaria de aprofundar mais nos conceitos para as discussões, e de que as improvisações não fiquem só no cômico. E que as temáticas das aulas sejam mais aprofundadas;
5.    Gostaria de, considerando o processo contínuo de construção do conhecimento psicofísico, do “jogar cenicamente”, ver um dos nossos jogos teatrais que estiver melhor estruturado e mais desenvolvido se transformar em cena teatral, de fato. Seria, a meu ver, a concretização de um trabalho que começa e se dá por etapas e sentir um resultado final, no contextos dos Jogos II, utilizando tudo o que internalizamos de aprendizado e também de ensino desde os Jogos I;
6.    Particularmente, eu gostei muito da disciplina de Jogos Teatrais I. Todos os jogos proporcionaram grande aprendizado para mim, como ator, e como pessoa. Gostei muito dos jogos que foram executados fora da sla de aula, espero vivenciá-los mais vezes. Minha sugestão é que a turma não critique de maneira tão severa os grupos que executam suas cenas dos jogos, e percebam que um acerto, ou um erro, não é só para o crescimento de um, mas de todos;
7.    A disciplina de Jogos Teatrais I foi muito proveitosa, cheguei pequenina e saio com uma boa bagagem de conhecimento. Para que se tenha continuidade desse trabalho, sugiro que sejam realizados alguns jogos relacionados à escuta, pois percebo que ainda temos dificuldades. Outra questão seria trabalhar com os alunos a interação e principalmente “o saber ceder”, pois quando algum colega propunha alguma atividade, não sabíamos dar continuidade e acabávamos desviando algumas vezes do foco, o que dificultava as outras ações;
8.    Gostaria de propor para a disciplina Jogos Teatrais II a realização de cenas com o uso de textos escolhidos pelos alunos e também outros propostos pelo professor;
9.    Sugiro que na próxima disciplina não se perca os conceitos trabalhados de tempo, espaço e escuta, mas sejam propostos novos jogos, fazendo com que os jogadores se entreguem por inteiro no jogo. Acredito que para isso é bom colocar no jogo características, para ter a possibilidade de montar uma personagem, pois essa concepção ajuda o jogador a ficar mais livre no jogo, sem comprometer a sua imagem, perdendo a timidez;
10. Seria interessante algumas palestras com outros profissionais e/ou pesquisadores que trabalham com este tema específico, inclusive com a escuta cênica, e coisas pertinentes dos jogos teatrais. Os vídeos que trazem cenas com improvisações somariam positivamente no repertório dessa disciplina;
11. Não muita noção do que seria a continuação desta disciplina. Imagino que seria com maior envolvimento e descobrindo outras formas de atuar. Usando ou criando histórias com início, desenvolvimento e finalizando a cena;
12. Contando que a escuta cênica é um processo muito lento de aprendizagem, gostaria de, claro que intercalada com outras atividades, continuar trabalhando com essa parte do teatro improvisado, pois acredito que é um exercício muito enriquecedor para os alunos de artes cênicas;
13. Em algumas aulas, acho que seria interessante um maior tempo para a prática, de forma que as reflexões sejam desenvolvidas em casa, pois a dúvida impulsiona a pesquisa;
14. Ao sugerir algo à disciplina de Jogos Teatrais II, é necessário resgatar o quanto a disciplina Jogos Teatrais I foi de fundamental importância para minha formação. Trabalhamos de forma lúdica, dinâmica e recreativa. Sugiro que na próxima disciplina trabalhemos mais o espaço externo, onde as atividades e os jogos sejam e explorem outros espaços além da sala de aula;
15. Uma sugestão que tenho não é na verdade para Disciplina, mas para os alunos: que aceitar as propostas é mais fácil do que discuti-las. Obs.: aceitar as propostas cênicas;
16. [...] jogos que utilizem os espaços: poderia ser em praças ou jardins. Introduzir trabalhos com a comunidade;
17. Durante as aulas, percebemos que não fácil trabalhar em grupo, ao passar do tempo ganhamos uma intimidade e convivência com a turma, aumentando assim nossa escuta interna e externa com o outro, passamos a nos reconhecer melhor, e aprendemos a respeitar nossos limites. Para as próximas aulas, sugiro que trabalhemos mais exercícios em grupo, para que nossa escuta continue melhorando;
18. Jogo detetive/máfia; jogos com contos corporais que envolvam olhar e concentração; jogos exclusivos de concentração;
19. Acredito que todo o trabalho desenvolvido anteriormente não pode ser de maneira alguma jogado fora, podendo haver uma sequência, e em particular acredito que ainda preciso mais de jogos onde não há personagens, pois de certa forma pude me questionar como ser humano, o que acredito ser grandioso para o trabalho do ator e para a vida, contribuindo muito para meu trabalho. Logo, este exercício pode ser utilizado em Jogos Teatrais II com intuito de melhorar certas questões em que ainda tenho dificuldade;
20. Gostei muito da disciplina; ela contribuiu muito para o meu curso de Pedagogia, pois envolve, entre muitas, as questões do lado lúdico, o qual é o meu interesse. A disciplina abordou vários temas como a musicalidade, a noção do espaço, entre outras, e principalmente a questão da escuta; a questão de prestar atenção no outro; pois funciona[mos] como uma engrenagem, um ligado ao outro, para obter um bom resultado, como aconteceu com a disciplina;
21. Particularmente, gosto muito do contexto, do andamento da aula e do processo; mas pode-se variar mais os jogos de aquecimento, por exemplo;
22. Jogos com figurino; jogos com objetos (ex: balão e bola);
23. Proponho continuar focando na escuta cênica, os debates após os jogos como forma de reflexão e a exposição da opinião dos alunos e professor, dança, jogos de outros tipos e utilização de objetos;
24. Acredito que as atividades de jogos teatrais corresponderam às minhas expectativas, porém, quanto mais novidades a serem desenvolvidas, melhor será a criatividade dos jogadores na Disciplina. Uma das sugestões que posso propor são: utilização de figurinos em cena, para auxiliar os atores na construção de personagens. Contudo, aguardo novas propostas dos coordenadores do Jogo Teatral;
25. Eu gostei muito de aulas com instrumentos musicais. Acho muito legal que houvesse mais vezes;
26. (de nosso querido e saudoso Daniel Macário) Jogos de memorização (trabalhar com a memória); jogos de sintonia (buscar uma melhor sintonia em grupo); jogos com objetos. Obs.: para mim, as aulas de jogos foram bastante proveitosas e aguardo ansioso o próximo período!
Prezados alunos de Jogos Teatrais I em 2012-1,

vejam abaixo as novas tentativas de conceituação de jogos teatrais, que vocês fizeram no final de nossa disciplina. E assim vamos reconstruindo nossos saberes, vida afora...

Att
Prof. Davi de Oliveira Pinto (DEART/IFAC/UFOP)


JOGO TEATRAL

1.    Ao decorrer das aulas, notamos que jogo teatral é a junção de diversos temas, seja do trabalho individual, da escuta cênica, do espaço, cenário, personagem, música, ritmo, todas essas etapas já vistas em sala de aula, tendo esses temas como referências para realização de jogos diversos, de improvisação, para melhor preparação do ator; ocorre a interação dos participantes, há um desenvolvimento da concentração, para um melhor domínio corporal, testando todas possibilidades do ator criador;
2.    Os jogos teatrais são jogos que procuram sintetizar as convenções da interpretação teatral e de suas técnicas dentro da forma de jogos específica. Cada jogo é construído a partir de um foco específico, desenvolvido a partir de instruções que levam o jogador a desenvolver questões específicas da prática teatral. Sua base é a experiência prática de grupo e do ator, onde são fisicalizadas as possíveis experiências, que estão relacionadas aos jogos com as específicas instruções. Procura-se, com os jogos teatrais, desenvolver uma forma de prática teatral que não esteja elaborada na mente do ator ou jogador; a palavra “Jogos Teatrais” vem da designação dos jogos improvisacionais desenvolvidos pela diretora teatral norte-americana Viola Spolin, como preparação de atores profissionais ou na utilização do ensino de teatro para iniciantes ou dentro da escola. O seu objetivo, longe de estabelecer um processo estático ou imóvel, pauta-se pelo incentivo da construção de um ambiente acolhedor, que por sua vez, torna possível a liberdade e a criatividade de cada um dos participantes e facilita o sucesso dos jogos;
3.    São jogos de improviso que auxiliam na preparação do ator com a vivência prática teatral, os jogos procuram melhorar a escuta cênica, a capacidade de raciocínio rápido, a improvisação, aumenta a concentração com regras propostas no jogo. Elementos fundamentais para atores profissionais, ou para pessoas que nunca tiveram contato com o teatro melhorarem suas atividades no teatro ou escolares. A escuta e o desenvolvimento da ação depende da aceitação da proposta do outro;
4.    O entendimento de “jogo teatral” é de um jogo que se tenha o foco no teatro, na improvisação. Não é necessário talento, mas fim foco e a determinação. Dentro do jogo, o trabalho em escuta, personagens, espaço, cenário, tempo e música. No jogo há também a necessidade de propor e também receber a proposta para que assim o jogo se desenvolva;
5.    O jogo teatral pode ocorrer quando dentro de um coletivo de indivíduos estipule-se uma atividade lúdica/brincadeira/interação entre os componentes deste mesmo grupo, atividade esta regida por leis internas de funcionamento e com objetivos a serem atingidos, que perceptivelmente articulem, estruturalmente, um organismo colaborativo. A eficiência do jogo, que desenvolve uma cena a partir das ações gradativamente estruturadas, depende muito dos mecanismos de cada membro e da concentração geral, o que promove a “escuta cênica”;
6.    O jogo teatral é um tipo de jogo em que não existe a intenção de competitividade, para haver um perdedor ou um ganhador. Mas é uma forma de interação lúdica e criativa de um grupo, onde se usa o canto, a dança, a cena teatral, ou até a performance, com o objetivo de uma aprendizagem mais profunda do corpo psicofísico, a aprendizagem cênica, e o melhor uso de todos os nossos sentidos, tanto dentro de uma cena quanto no cotidiano;
7.    Jogos Teatrais são procedimentos lúdicos com regras explícitas [essa frase encontra-se em JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do Ensino de Teatro. Campinas – SP: Papirus, 2011, p. 19 ] É a prepração e vivência da prática teatral, onde as estruturas operacionais procuram possibilitar a experiência das convenções da interpretação teatral e de sua técnicas na forma de vivências de jogos de teatro. Cada jogo é construído a partir de um foco específico. Procura-se, com os jogos teatrais, desenvolver uma forma de prática teatral que não seja elaborada apenas na mente do ator ou jogador, mas por sua vivência improvisacional. Enfim, podemos dizer que os jogos teatrais nos possibilitam a representação, a interação, a escuta, a imaginação e principalmente não perder o foco no objetivo;
8.    Pode-se entender como jogo teatral toda e qualquer estrutura de jogo que possa vir a ser utilizada no teatro. Podem-se utilizar brincadeiras, canções e até algumas modalidades esportivas. Há um grande uso de improvisação dentro do jogo teatral. Todo jogo teatral deve ter um objetivo, isto é, um foco principal. O jogo teatral deve ser jogado com mais ou no mínimo duas pessoas, quanto mais pessoas tiver, mais interessante o jogo pode vir a ser;
9.    São dinâmicas de improviso em grupo eu buscam trabalhar a imaginação, percepção, audição, tato e sentido em geral do jogador. Muitas vezes é dada uma proposta de jogo e o jogador deverá criar a partir dela. Além da imaginação e dos sentidos, o jogo teatral irá trabalhar a questão de tempo e espaço. Todas as dinâmicas propõem que haja interação entre os jogadores, pois a criação deverá ser coletiva, pois o jogador nunca estará sozinho em cena.
10. Com base nas aulas de Jogos Teatrais I e nas leituras obrigatórias no decorrer deste semestre, entendo como jogo teatral a relação entre objeto, tempo e espaço em uma cena, interagindo com os personagens ou jogadores. Mas, de modo improvisado, forçando o jogador, em alguns casos, à fisicalização do objeto e a continuidade da proposta apresentada pelo (s) seu (s) parceiro (s) de jogo. Tendo a escuta como a ferramenta muito importante para o sucesso do jogo;
11. O jogo teatral é utilizado com participantes adultos, jovens e crianças em sua primeira experiência de contato com o teatro. Sendo assim, terá um condutor para transmitir as regras definidas e criadas antecipadamente, por meio de instruções a serem desenvolvidas com um ou mais grupos, podendo ser uma dupla ou mais pessoas e também é primordial um grupo revezar como plateia. O jogo se dá de uma maneira que leva o participante a expressar sentimentos, fisicalizar emoções, usando sua criatividade, espontaneidade e improvisação. O jogo teatral tem três pilares que sempre são trabalhados nas cenas, “Onde, Quem e O Quê”. O instrutor dará as instruções lembrando ao grupo o “Foco” do que estão encenando. Com o tempo, os participantes vão atuando com maior segurança, chegando a encenar uma história ou pelo menos uma parte dela. É interessante ver o ato contínuo dessa experiência, principalmente quando é evidenciada a Escuta Cênica;
12. O jogo teatral, como qualquer outro jogo, possui regras para sua realização. Essas regras são impostas para proporcionar aos jogadores a chegada de um objetivo final, que será o propósito do jogo. Todos os jogos teatrais sempre servirão aos atores como forma de exercício: alguns trabalharão com a nossa escuta, outros com a nossa percepção, outros somente para exercitar nossa atenção, mas todos para desenvolver cada vez mais nosso raciocínio como atores. Eu vejo, hoje, o jogo teatral tão fundamental para o teatro como um todo, como eu vejo sendo fundamental a matemática o ensino básico, para o desenvolvimento do nosso raciocínio como pessoa;
13. O jogo teatral é o que nos permite, de forma lúdica, aprender, vivenciar os conceitos e práticas teatrais;
14. O jogo teatral pode ser definido por um conjunto de regras que determinam o que podem ou não fazer seus jogadores. É uma atividade onde participa um ou mais jogadores, pode ser de vários tipos e ser modificada, onde cada jogo é construído a partir de um foco específico, desenvolvido através de instruções e regras que levam o jogador a desenvolver seu jogo de forma lúdica e muitas vezes improvisada. Já que o jogador ou jogadores podem criar e modificar as regras de seu jogo;
15. Levando em consideração todo o conhecimento adquirido nas aulas de Jogos Teatrais, a minha concepção se expandiu bastante. Jogo teatral é uma mistura de vários termos, escuta, generosidade, percepção, imaginação etc. Acho que o jogo teatral é um experimento, o improviso acaba sendo um laboratório em que os atores vão se aperfeiçoando (aceitando ou não a proposta do colega), passando por diversas situações que, na maioria das vezes, acabam sendo cômicas. O jogo teatral é um exercício de autoconhecimento também, que pode ajudar na intenção dos colegas dentro e fora da cena;
16. Pode ser que a mina concepção mude com o tempo, mas para mim, hoje, um jogo teatral é a aquela atividade que tem como objetivo estimular o indivíduo a alcançar determinadas coisas. Sendo mais claro, o jogo teatral deve trabalhar noções básicas para o trabalho do ator, sendo assim, o jogo teatral trabalha as noções de fisicalização, improvisação, tempo, cenário e escuta cênica, de uma forma que eu diria ser didática, quiçá lúdica. O jogo teatral é um trabalho importante até para fins de se trabalhar a desinibição do indivíduo, as suas capacidades de raciocínio e arguição;
17. Nunca havia tido nenhuma experiência parecida com os jogos teatrais, o que a meu ver é uma preparação para montagem de uma grande cena, mas é necessário ter as primeiras experiências com os jogos como uma criança que começa [...] assim são os jogos para o teatro. é uma liberação inicialmente de experiência vivida, expressa nesses jogos para uma aplicação que muitas vezes é surpreendente;
18. O jogo teatral procura unir e expandir a todos que nele se envolvem, através de uma grande “brincadeira” aprendemos com o jogo: trocar, esperar, mostrar, reter, atenção, escuta, digamos que isso tudo seja as regras do jogo teatral. voltar a ser “criança” novamente, mas com a consciência do outro e do espaço. Jogar é necessário para que o desenvolvimento do trabalho teatral seja realizado;
19. Jogo teatral são jogos e exercícios aplicados a atores e não atores com intuito de aproximar os envolvidos a cenas teatrais. Geralmente, o jogo teatral tem um embasamento teatral e a sua aplicação ajuda atores com improvisação, noções de espaço, olhar, escuta, imaginação etc.;
20. Jogo teatral é a busca de improvisação cênica, contendo uma união entre os jogadores, para que assim possa existir o jogo. Uma escuta cênica é de extrema importância para haver o jogo teatral; com variações de jogos, podemos explorar os diversos sentidos do nosso corpo e através disso conquistando uma diversidade cênica maior, podendo saber o que pode deixar o jogo fluir ou então acabar com ele, o que é de fundamental importância para o ator;
21. Através do jogo podemos aprender e dar significados a várias coisas, podendo explorar vários sentidos e recursos, sendo, assim, uma forma de transmitir conhecimentos. Através do jogo teatral podemos exprimir vários sentimentos, atos e ações; encenando várias situações. Explorando o caráter dramático, cômico, romântico, entre outros. Podendo ser uma forma de se manter na cena; ou até mesmo no cotidiano, porque “jogamos” o tempo inteiro;
22. O jogo teatral consiste em uma improvisação que acontece mediante regras, instruções, estímulos. As regras se relacionam à postura do jogador em cena, que deve se manter atento à escuta e fugir da negação da proposta do parceiro de jogo. As instruções e estímulos variam de jogo para jogo, mas eles são os pilares da ação cênica;
23. São jogos de improvisação onde os atores desenvolvem a cena com propósito de trabalhar a escuta, o olhar, concentração, aceitar as regras do jogo, espaço, objeto; com essas técnicas, os atores estão jogando, se divertindo e recebendo todo o estímulo que o jogo oferece;
24. Jogo teatral são atividades como propósito de se desenvolver a criatividade e a capacidade de improvisação do ator, também sendo usados como forma de iniciação ao teatro ou de aprendizado escolar. Os jogos são elaborados com regras e instruções, cada um com um foco voltado para a preparação do ator em cena;
25. Falar de jogo teatral hoje é discorrer sobre uma nova concepção adquirida durante os processos trabalhados em sala de aula. Este jogo remete a escuta, aceitação, integração, trabalho em grupo, dentre outros. Uma das funções deste jogo é utilizar a improvisação dos jogadores para a realização de cenas, uma vez que este é inerente à “aceitação de proposta do outro”. Por fim, o jogo realizado em sala me ensino de certa forma uma melhor compreensão do outro; uma escuta visual e auditiva para a interação com o próximo.
26. É onde podem acontecer todas as possibilidades teatrais, mais ludicamente. É a brincadeira séria de fazer teatro em suas diferentes formas;
27. (do nosso querido e saudoso Daniel Macário) No decorrer do período, tive uma nova concepção do jogo teatral. O jogo parte de uma intenção, parte de uma linha, onde uma proposta deve complementar a outra até chegar à cena. Durante o processo de experimentações, emprestamos o nosso corpo, mente, voz, equilíbrio, agilidade... para atingir o objetivo desejado. Caminhando junto a isso, contamos com o coordenador, que é peça fundamental para o jogo acontecer.